por Herley Leite de Paula e Silva
O Sol, o planeta Terra e os outros planetas do Sistema Solar surgiram simultaneamente através da explosão de uma nuvem de gás e poeira cósmica. A Terra com o tempo foi se resfriando e formou a crosta terrestre, com o continente primitivo e o oceano.
A explicação científica mais comum para a origem da vida é a de que ela surgiu há cerca de 3,5 bilhões de anos no oceano primitivo.
Depois que o oceano esfriou, a vida se tornou possível. Havia sobre o planeta uma atmosfera de metano, hidrogênio, amônia e vapor de água. Constantemente os raios gama e ultravioleta do sol, bem como descargas elétricas na atmosfera incidiam sobre esses gases, produzindo os primeiros aminoácidos e nucleotídeos.
Essas moléculas orgânicas produzidas caíam nas águas do oceano e começaram o seu processo de evolução. Os aminoácidos se combinaram e formaram as proteínas e enzimas, enquanto a combinação de nucleotídeos produziu os ácidos nucléicos.
Segundo Andrade (1993a, p. 15-21; 43-46), a união das proteínas produziu os coacervados e os ácidos nucléicos se uniram para formar o RNA (ácido ribonucleico) catalisador. Os coacervados evoluíram para as organelas da célula primitiva, enquanto o RNA evoluiu para o DNA (ácido desoxirribonucleico) e formou o núcleo da primeira célula.
Uma visão idealista e espiritualista para a evolução
A evolução ocorreu e ainda ocorre, mas a evolução biológica não se deu por acaso através de erros biológicos, e sim foi dirigida pela consciência. A vida começou segundo a maneira descrita mais acima, porém não foi de modo aleatório.
A evolução foi operacionalizada pela consciência interconectada.
Para Andrade (1993a, p. 33-42), uma célula viva não poderia evoluir por simples acaso, sem direção. Isto vai contra a lei da entropia segundo a qual a desordem, e não o progresso e a ordem, tende a se desenvolver no Universo. Somente a consciência pode vencer a entropia e criar ordem.
O próprio Universo como um todo não se desenvolveu por acaso, mas progrediu segundo leis bem definidas que foram selecionadas pela consciência dentre as superposições quânticas (ou possibilidades).
Para o início da vida, como para a potencial história do Universo, também havia superposições quânticas. Havia em estado potencial infinitas linhas iniciais de evolução.
A consciência, então, através da correlação com os organismos biológicos primitivos, observou essas superposições de possibilidades, fazendo-as entrar em colapso e selecionou a linha evolutiva que poderia ir do primeiro aminoácido para a célula viva. Essa linha também foi selecionada porque levaria à existência de seres autoconscientes.
Por sua vez as almas, através das observações quânticas, continuaram a provocar novos colapsos no mundo quântico. Esse processo de observação e colapso produziu os primeiros seres pluricelulares.
A seleção natural, então, mantinha as melhores tentativas, as que tinham sucesso em vencer os obstáculos do ambiente.
Foi deste modo que a consciência se manifestou. O ego encarnado é uma identificação assumida pela nossa consciência primordial, ou Self.
Porém, há uma parte mais profunda em nosso ser que constitui a nossa consciência superior. É um nível que não está preso ao condicionamento da vida terrena. Nele, nossa alma está interconectada com todas as outras almas e, assim, com as possibilidades.
Talvez seja difícil entender estes conceitos porque ainda estamos presos às ideias de tempo e espaço. O tempo e o espaço não existem no estado fundamental da consciência.
A consciência possui vários níveis e funções. Os diversos níveis da consciência realizam interações não locais e não temporais (como telepatia e precognição) e gravam informações, dando grande poder à vida.
O desenrolar da evolução biológica
A evolução biológica consistiu numa transformação física contínua da primeira célula viva até chegar ao ser humano. Sucessivamente evoluíram, no caso dos vegetais, bactérias, algas, fungos, musgos, samambaias, arbustos, gimnospermas (como os pinheiros) e angiospermas (árvores com frutos de sementes cobertas).
No caso dos animais, estes evoluíram também a partir das bactérias. Delas vieram os protozoários e destes os seres pluricelulares. O tronco da vida ramificou-se e surgiram os celenterados e os platelmintos. O tronco continuou e ramificou-se novamente em moluscos, anelídeos, artrópodes e equinodermos.
Dos equinodermos saíram os vertebrados que sucessivamente evoluíram em peixes, anfíbios e répteis. Os répteis originaram posteriormente várias linhas, uma delas levou às aves, outra levou aos mamíferos.
Os mamíferos se irradiaram em diversas ordens, entre as quais os primatas.
Os primatas primitivos formaram várias linhas, uma levou ao chimpanzé e outra levou ao ser humano.
Evidências da evolução
De acordo com Andrade (1993b, p. 186-191), existem muitas provas de que a evolução biológica ocorreu. São elas a similaridade no funcionamento do DNA, a semelhança das funções fisiológicas, a semelhança anatômica entre as classes de animais, os órgãos vestigiais e os fósseis.
A similaridade do DNA
As células são iguais em todos os seres vivos, com as mesmas organelas e o DNA delas possui a mesma estrutura básica e o mesmo funcionamento.
A semelhança das funções
A semelhança das funções
Existe uma semelhança de funções fisiológicas principalmente entre os seres da mesma ordem, classe ou filo. Ou seja, quanto maior o parentesco evolutivo, mais parecidas são as organizações das enzimas e outras proteínas.
A semelhança anatômica
A semelhança anatômica
Há uma notável semelhança estrutural entre as várias classes de animais. No caso dos vertebrados, por exemplo, todos têm coluna vertebral, a mesma estrutura nos membros e órgãos homólogos.
Os órgãos vestigiais
Os órgãos vestigiais
Existem órgãos como o apêndice, olhos em peixes cegos, e vários outros que já tiveram utilidade. Um peixe cego que possui olhos que não funcionam é uma clara evidência da função adaptativa da evolução. Um olho funcional em um animal que vive no escuro seria um desperdício de energia.
Os fósseis
Os fósseis
Os restos de vegetais e animais que se petrificaram nas rochas e a coluna geológica são a maior prova da evolução. Eles mostram uma sequência magistral nas camadas geológicas desde as primeiras bactérias até os seres mais complexos. Um exemplo de sequência geológica é o Gran Canyon do Rio Colorado nos EUA. É interessante que jamais foi encontrado um ser complexo, como um mamífero, nas camadas geológicas mais inferiores. A coluna geológica também mostra, através dos métodos de datação radiométrica (como o carbono 14, potássio-argônio e urânio-chumbo) que o planeta tem cerca de 4,5 bilhões de anos. Há vários casos de grupos cuja evolução pode ser detalhadamente acompanhada através da sequência fossilífera. É o caso do cavalo, do elefante, dos náutilus, da baleia e do ser humano.
O papel da consciência na evolução
Como no caso da origem da vida, a hipótese da evolução por mero acaso viola a lei da entropia. Seria muito improvável que mutações aleatórias produzissem a vida e seu extraordinário progresso.
Além disso, o DNA é formado por ondas de possibilidade superpostas, que necessitam da consciência para passarem da potencialidade para a realidade. E a consciência também tem o papel de organizar as proteínas codificadas pelo DNA, dando forma aos organismos.
Segundo Andrade (1993b, p. 197-219), as maiores dificuldades da hipótese da evolução por mero acaso são a ortogênese, o mimetismo, os instintos, a perfeição dos órgãos, os fenômenos paranormais e a sequência dos fósseis na coluna geológica.
A ortogênese
O papel da consciência na evolução
Como no caso da origem da vida, a hipótese da evolução por mero acaso viola a lei da entropia. Seria muito improvável que mutações aleatórias produzissem a vida e seu extraordinário progresso.
Além disso, o DNA é formado por ondas de possibilidade superpostas, que necessitam da consciência para passarem da potencialidade para a realidade. E a consciência também tem o papel de organizar as proteínas codificadas pelo DNA, dando forma aos organismos.
Segundo Andrade (1993b, p. 197-219), as maiores dificuldades da hipótese da evolução por mero acaso são a ortogênese, o mimetismo, os instintos, a perfeição dos órgãos, os fenômenos paranormais e a sequência dos fósseis na coluna geológica.
A ortogênese
Esse fenômeno é manifestado por certas linhas persistentes e progressivas da evolução, como a ortogênese do cavalo, do elefante e do ser humano. A seleção natural, neste caso, apenas favorece ou impede o desenvolvimento dos grupos.
O mimetismo
O mimetismo
Consiste nas imitações perfeitas de objetos do ambiente e de outros seres. Há insetos que imitam folhas, galhos secos e pedras com detalhes microscópicos. Há flores que imitam insetos e animais que simulam predadores venenosos. É muito perfeito para ter surgido de modo aleatório. Além disso, insetos e plantas evoluíram de modo coordenado para que houvesse o mimetismo.
Os instintos
Os instintos
São comportamentos complexos com os quais o ser vivo nasce. Dizer que eles se devem a mutações genéticas aleatórias é exigir algo improvável.
A perfeição dos órgãos
A perfeição dos órgãos
A crescente complexidade e perfeição dos órgãos vão contra a lei da entropia. O maior exemplo é a perfeição do cérebro. Muitas funções complexas do cérebro, como a linguagem, evoluíram e se aperfeiçoaram pelo exercício. Não há como os órgãos cerebrais, tão complexos, terem surgido de uma série de acasos felizes.
As faculdades paranormais
As faculdades paranormais
Os fenômenos paranormais são outro exemplo de que a evolução não é aleatória. As faculdades paranormais parecem não ter muita função no mundo físico e, no entanto, são habilidades complexas e extraordinárias. Como uma sequência de mutações aleatórias e a seleção natural as teriam produzido, sendo que elas são verdadeiramente úteis somente no mundo espiritual após a morte?
A sucessão dos fósseis
A sucessão dos fósseis
A sequência dos fósseis na coluna geológica mostra claramente o desenvolvimento do simples para o complexo, revelando sentido e finalidade, o que vai contra a ideia de acaso.
Conclusão
Conclusão
Como dar uma explicação para tudo isto?
Uma explicação melhor é de que havia numerosas linhas potenciais de evolução no reino das superposições quânticas e da consciência. A observação da consciência através dos organismos primitivos realizou o colapso das linhas quânticas, produzindo uma evolução progressiva.
As mutações não ocorrem por acaso, mas são produzidas pela consciência através do colapso quântico das ondas de possibilidades dos genes. Estando correlacionada com o organismo, a consciência pode agir sobre ele.
A consciência dos seres vivos, através das potencialidades de seu corpo vital, dirige o processo de desenvolvimento do embrião e lhe dá forma, organizando as proteínas codificadas nos genes, os quais sofreram a mutação. Ela também realiza previsões e cálculos para futuras mudanças.
A evolução também pode se iniciar com características adquiridas. Os instintos, por exemplo, começaram como simples hábitos. Como eles poderiam ser transmitidos de uma geração a outra? A ciência oficial nega que características adquiridas sejam transmitidas.
O novo comportamento se espalha para os outros animais através da conexão não-local e é incorporado ao inconsciente coletivo da espécie. A consciência, ao encarnar, entra em correlação não-local com o embrião e com o inconsciente coletivo, transmitindo as características adquiridas para o novo organismo.
Com o tempo, as almas encarnadas provocam mutações no código genético, para fixar as novas aquisições.
Uma explicação melhor é de que havia numerosas linhas potenciais de evolução no reino das superposições quânticas e da consciência. A observação da consciência através dos organismos primitivos realizou o colapso das linhas quânticas, produzindo uma evolução progressiva.
As mutações não ocorrem por acaso, mas são produzidas pela consciência através do colapso quântico das ondas de possibilidades dos genes. Estando correlacionada com o organismo, a consciência pode agir sobre ele.
A consciência dos seres vivos, através das potencialidades de seu corpo vital, dirige o processo de desenvolvimento do embrião e lhe dá forma, organizando as proteínas codificadas nos genes, os quais sofreram a mutação. Ela também realiza previsões e cálculos para futuras mudanças.
A evolução também pode se iniciar com características adquiridas. Os instintos, por exemplo, começaram como simples hábitos. Como eles poderiam ser transmitidos de uma geração a outra? A ciência oficial nega que características adquiridas sejam transmitidas.
O novo comportamento se espalha para os outros animais através da conexão não-local e é incorporado ao inconsciente coletivo da espécie. A consciência, ao encarnar, entra em correlação não-local com o embrião e com o inconsciente coletivo, transmitindo as características adquiridas para o novo organismo.
Com o tempo, as almas encarnadas provocam mutações no código genético, para fixar as novas aquisições.
A transferência das características adquiridas, como modificações físicas e instintos, de um organismo a outro, também pode se dar através da reencarnação.
Ao longo da evolução, a consciência se correlaciona com os organismos físicos e transmite as informações da espécie através da conexão não-local e não-temporal. E a alma também provoca mutações intencionais nos genes.
As aquisições do ser vivo são testadas através da seleção natural.
Foi desta forma que as espécies fizeram sua incrível jornada desde a bactéria até o ser humano.
Referências
Andrade, Hernani Guimarães. Morte-Renascimento-Evolução; São Paulo: Editora Pensamento, 1993a.
Andrade, Hernani Guimarães. Psi Quântico; São Paulo: Editora Pensamento, 1993b.
As aquisições do ser vivo são testadas através da seleção natural.
Foi desta forma que as espécies fizeram sua incrível jornada desde a bactéria até o ser humano.
Referências
Andrade, Hernani Guimarães. Morte-Renascimento-Evolução; São Paulo: Editora Pensamento, 1993a.
Andrade, Hernani Guimarães. Psi Quântico; São Paulo: Editora Pensamento, 1993b.