por Herley Leite de Paula e Silva
Introdução
Este texto tem o objetivo de apresentar as evidências mais importantes do Espiritualismo ou da comunicação entre vivos e mortos. Muitas objeções a esse fenômeno surgiram ao longo do tempo. A mais conhecida é a de que tudo pode ser explicado pelo inconsciente dos consulentes ou dos médiuns. E as evidências apresentadas aqui podem nos ajudar a refutar essa objeção.
Neste artigo vamos tratar sobre a psicografia, as revelações transcendentais, a xenoglossia, as provas de identificação dos espíritos, as aparições e materializações e a transcomunicação instrumental. No final, vamos refutar a objeção de que os espíritos que se manifestam são demônios.
A psicografia
Uma evidência importante da comunicação com os "mortos" é a psicografia, na qual o médium incorpora filósofos e escritores, manifestando os conhecimentos e o estilo deles. Ocorre a utilização temporária do organismo do médium por uma alma desencarnada. Neste caso as mãos obedecem ao comando da consciência do médium que por sua vez é influenciada pela alma desencarnada.
Este fenômeno não pode ser explicado pelo inconsciente do sujeito paranormal. O inconsciente não pode manifestar conhecimentos e habilidades que não foram aprendidas. Por exemplo, se a pessoa nunca leu um romance ou nunca escreveu algum texto elaborado, não terá condições de escrever um romance e muito menos no estilo de um grande escritor. Se você nunca tocou violino na vida, dificilmente conseguirá tocar esse instrumento ou ainda imitar um músico notável. Nestes casos, a única hipótese mais provável é a incorporação mediúnica.
As revelações transcendentais
As revelações transcendentais estão incluídas no fenômeno da psicografia, mas elas tratam especificamente de informações sobre as esferas do mundo espiritual, ou seja, sobre o que ocorre após a morte. Segundo Bozzano (1996, p. 170-172), é notável a concordância entre os ensinamentos transmitidos a diferentes médiuns em diferentes regiões do mundo. Muitos desses médiuns não tinham conhecimento sobre as comunicações transcendentais. Além disso, essas revelações são acompanhadas por admiráveis provas de identificação.
A xenoglossia
A xenoglossia é a habilidade de falar línguas não aprendidas pelos meios normais e constitui uma importante evidência de comunicação com os mortos. O médium fala um idioma não aprendido devido à incorporação de um espírito que conhece aquela língua.
Este fenômeno não pode ser explicado pela telepatia. De acordo com Bozzano (1980, p. 201-210), a telepatia só transmite pequenas parcelas de informação e obter informação é diferente de desenvolver habilidades que exigem esforço, raciocínio e aprendizado.
Além disso, o exercício de um idioma não é algo que pode ser captado na mente de outra pessoa. É necessária uma complexa associação de ideias para se falar uma língua.
Algumas pessoas tentam explicar a xenoglossia pela criptomnésia ou memória do inconsciente, mas a criptomnésia não explica os casos em que há verdadeiros diálogos numa língua que o médium não conhece e quando ele responde perguntas e fala de acordo com o assunto que está sendo tratado no momento.
As provas de identificação dos espíritos
Outra evidência a favor da comunicação com os mortos é o fato de os médiuns revelarem informações sobre os mortos que o próprio médium e os consulentes não podem saber. Muitos críticos ainda sustentam que o médium retira todas as informações do inconsciente dos consulentes.
Porém, segundo Andrade (1993, p. 71-75), o médium revela fatos que ninguém na sala da sessão tem conhecimento e que só posteriormente são verificados.
Algumas pessoas imaginam que o médium poderia buscar a informação fazendo uma varredura paranormal sobre o mundo. No entanto, para vasculhar o mundo através da clarividência seria necessário um poder que nenhum médium tem. Também, não haveria como o paranormal selecionar as informações referentes à determinada pessoa morta (Bozzano, 1980, p. 87, 88).
Na verdade, segundo Pires (1982, p. 48, 160), não há captação de informações e sim, comunhão mental. É preciso estar conectado não-localmente a uma pessoa para poder obter informação dela e o sujeito paranormal torna-se conectado com pessoas que ele conhece (Bozzano, 2007, p. 40-42). O médium não tem como varrer mentalmente o mundo, entrando na mente de pessoas desconhecidas para obter informações sobre os mortos.
As aparições e materializações
As sessões em que ocorrem aparições ou materializações de espíritos constituem uma excelente evidência de comunicação com os mortos. Deve-se ressaltar que o fantasma fala uma língua que o médium não conhece e escreve numa caligrafia que ele não usa. Além disso, de acordo com Delanne (1978, p. 262), muitas vezes mais de um espírito se materializa. O médium também materializa a aparência de uma pessoa que ele nunca viu.
Deve-se mencionar também, segundo Delanne (1978, p. 268), que a materialização seria uma habilidade muito difícil para o médium realizar sozinho.
De acordo com Delanne (1978, p. 271-274), nas materializações não há meras ideoplastias sofríveis do ectoplasma; a impressão na parafina ou em outro molde, feita pela materialização, reproduz nos mínimos detalhes o corpo que o espírito possuía quando vivia na terra.
A transcomunicação instrumental
O conceito de transcomunicação instrumental
Uma evidência importante da comunicação com os "mortos" é a psicografia, na qual o médium incorpora filósofos e escritores, manifestando os conhecimentos e o estilo deles. Ocorre a utilização temporária do organismo do médium por uma alma desencarnada. Neste caso as mãos obedecem ao comando da consciência do médium que por sua vez é influenciada pela alma desencarnada.
Este fenômeno não pode ser explicado pelo inconsciente do sujeito paranormal. O inconsciente não pode manifestar conhecimentos e habilidades que não foram aprendidas. Por exemplo, se a pessoa nunca leu um romance ou nunca escreveu algum texto elaborado, não terá condições de escrever um romance e muito menos no estilo de um grande escritor. Se você nunca tocou violino na vida, dificilmente conseguirá tocar esse instrumento ou ainda imitar um músico notável. Nestes casos, a única hipótese mais provável é a incorporação mediúnica.
As revelações transcendentais
As revelações transcendentais estão incluídas no fenômeno da psicografia, mas elas tratam especificamente de informações sobre as esferas do mundo espiritual, ou seja, sobre o que ocorre após a morte. Segundo Bozzano (1996, p. 170-172), é notável a concordância entre os ensinamentos transmitidos a diferentes médiuns em diferentes regiões do mundo. Muitos desses médiuns não tinham conhecimento sobre as comunicações transcendentais. Além disso, essas revelações são acompanhadas por admiráveis provas de identificação.
A xenoglossia
A xenoglossia é a habilidade de falar línguas não aprendidas pelos meios normais e constitui uma importante evidência de comunicação com os mortos. O médium fala um idioma não aprendido devido à incorporação de um espírito que conhece aquela língua.
Este fenômeno não pode ser explicado pela telepatia. De acordo com Bozzano (1980, p. 201-210), a telepatia só transmite pequenas parcelas de informação e obter informação é diferente de desenvolver habilidades que exigem esforço, raciocínio e aprendizado.
Além disso, o exercício de um idioma não é algo que pode ser captado na mente de outra pessoa. É necessária uma complexa associação de ideias para se falar uma língua.
Algumas pessoas tentam explicar a xenoglossia pela criptomnésia ou memória do inconsciente, mas a criptomnésia não explica os casos em que há verdadeiros diálogos numa língua que o médium não conhece e quando ele responde perguntas e fala de acordo com o assunto que está sendo tratado no momento.
As provas de identificação dos espíritos
Outra evidência a favor da comunicação com os mortos é o fato de os médiuns revelarem informações sobre os mortos que o próprio médium e os consulentes não podem saber. Muitos críticos ainda sustentam que o médium retira todas as informações do inconsciente dos consulentes.
Porém, segundo Andrade (1993, p. 71-75), o médium revela fatos que ninguém na sala da sessão tem conhecimento e que só posteriormente são verificados.
Algumas pessoas imaginam que o médium poderia buscar a informação fazendo uma varredura paranormal sobre o mundo. No entanto, para vasculhar o mundo através da clarividência seria necessário um poder que nenhum médium tem. Também, não haveria como o paranormal selecionar as informações referentes à determinada pessoa morta (Bozzano, 1980, p. 87, 88).
Na verdade, segundo Pires (1982, p. 48, 160), não há captação de informações e sim, comunhão mental. É preciso estar conectado não-localmente a uma pessoa para poder obter informação dela e o sujeito paranormal torna-se conectado com pessoas que ele conhece (Bozzano, 2007, p. 40-42). O médium não tem como varrer mentalmente o mundo, entrando na mente de pessoas desconhecidas para obter informações sobre os mortos.
As aparições e materializações
As sessões em que ocorrem aparições ou materializações de espíritos constituem uma excelente evidência de comunicação com os mortos. Deve-se ressaltar que o fantasma fala uma língua que o médium não conhece e escreve numa caligrafia que ele não usa. Além disso, de acordo com Delanne (1978, p. 262), muitas vezes mais de um espírito se materializa. O médium também materializa a aparência de uma pessoa que ele nunca viu.
Deve-se mencionar também, segundo Delanne (1978, p. 268), que a materialização seria uma habilidade muito difícil para o médium realizar sozinho.
De acordo com Delanne (1978, p. 271-274), nas materializações não há meras ideoplastias sofríveis do ectoplasma; a impressão na parafina ou em outro molde, feita pela materialização, reproduz nos mínimos detalhes o corpo que o espírito possuía quando vivia na terra.
A transcomunicação instrumental
O conceito de transcomunicação instrumental
A transcomunicação instrumental é um fenômeno que ocorre na forma de gravações de vozes de almas desencarnadas em gravadores comuns ou em aparelhos especiais. Também ocorre na manifestação de imagens e vídeos e na escrita direta em computadores, sem concurso humano.
Os fenômenos da transcomunicação instrumental começaram a ser estudados por Friedrich Juergenson a partir de 1959.
As vozes dos mortos nos gravadores e a gravação de imagens do além constituem uma importante evidência de comunicação com os espíritos.
A formação das palavras
Os fenômenos da transcomunicação instrumental começaram a ser estudados por Friedrich Juergenson a partir de 1959.
As vozes dos mortos nos gravadores e a gravação de imagens do além constituem uma importante evidência de comunicação com os espíritos.
A formação das palavras
Nas gravações, segundo Juergenson (1972), os mortos formam as vozes com os ruídos das vozes humanas:
Era bem interessante e até empolgante observar seu modo de expressão e a técnica da fala, quando ela se esforçava em formar palavras, com incansável paciência, a partir de certas frequências de minha voz ou de outros ruídos (Juergenson, 1972, p. 55).
A interferência nas estações radiofônicas
Era bem interessante e até empolgante observar seu modo de expressão e a técnica da fala, quando ela se esforçava em formar palavras, com incansável paciência, a partir de certas frequências de minha voz ou de outros ruídos (Juergenson, 1972, p. 55).
A interferência nas estações radiofônicas
Além das vozes captadas em gravadores, outras vozes de espíritos foram formadas através da manipulação das ondas de rádio, de acordo com Juergenson:
Os métodos de comunicação de meus amigos baseavam-se, evidentemente, no princípio da adaptabilidade ilimitada. Assim como a água se amolda a qualquer forma, sem com isso mudar sua natureza, meus amigos também amoldavam as frequências sonoras das ondas de rádio, modulando instantaneamente os sons existentes. Aqui se tratava da mesma metamorfose de som que era capaz de transformar o latido de um cão em palavras, ou utilizar o vozerio de várias pessoas para articular uma nova frase independente (Juergenson, 1972, p. 99).
Os espíritos realizam uma interferência nas estações radiofônicas:
Segundo Juergenson (1972, p. 105) as gravações se tratam de vozes de espíritos de falecidos, que voluntariamente buscam entrar em contato com o nosso plano de existência. Para isto os habitantes do mundo espiritual utilizam uma instalação especial e usam uma frequência eletromagnética. Com essa onda eles interferem nas transmissões de nossas estações de rádio. Os contatos dos mortos com a nossa dimensão terrestre estariam sob o comando de uma estação central. Alguns colaboradores do Além permutam palavras de uma transmissão de rádio e outros introduzem novos textos em outras apresentações. Esse conteúdo, então, passava do rádio para o gravador de Juergenson. Já as ondas da estação central, existente no Além, podem ser ouvidas em qualquer parte do mundo.
A qualidade das vozes
Os métodos de comunicação de meus amigos baseavam-se, evidentemente, no princípio da adaptabilidade ilimitada. Assim como a água se amolda a qualquer forma, sem com isso mudar sua natureza, meus amigos também amoldavam as frequências sonoras das ondas de rádio, modulando instantaneamente os sons existentes. Aqui se tratava da mesma metamorfose de som que era capaz de transformar o latido de um cão em palavras, ou utilizar o vozerio de várias pessoas para articular uma nova frase independente (Juergenson, 1972, p. 99).
Os espíritos realizam uma interferência nas estações radiofônicas:
Segundo Juergenson (1972, p. 105) as gravações se tratam de vozes de espíritos de falecidos, que voluntariamente buscam entrar em contato com o nosso plano de existência. Para isto os habitantes do mundo espiritual utilizam uma instalação especial e usam uma frequência eletromagnética. Com essa onda eles interferem nas transmissões de nossas estações de rádio. Os contatos dos mortos com a nossa dimensão terrestre estariam sob o comando de uma estação central. Alguns colaboradores do Além permutam palavras de uma transmissão de rádio e outros introduzem novos textos em outras apresentações. Esse conteúdo, então, passava do rádio para o gravador de Juergenson. Já as ondas da estação central, existente no Além, podem ser ouvidas em qualquer parte do mundo.
A qualidade das vozes
Grande parte das vozes é perfeitamente audível:
De acordo com Juergenson (1972, p. 110), as vozes poderiam ser fruto da imaginação se fossem expressões fracas. Durante a audição de seis mil gravações Juergenson se enganou na interpretação de algumas vozes.
Porém, descontando as gravações de difícil compreensão, ainda resta um terço de gravações muito claras que não deixam qualquer margem de dúvida. Qualquer pessoa poderia entender essas comunicações. Juergenson fez um teste pedindo que vários ouvintes tentassem entender muitas das gravações. Como resultado, oitenta por cento dos indivíduos conseguiram ouvir e entender as vozes.
Refutando as objeções da psicocinésia e do inconsciente
De acordo com Juergenson (1972, p. 110), as vozes poderiam ser fruto da imaginação se fossem expressões fracas. Durante a audição de seis mil gravações Juergenson se enganou na interpretação de algumas vozes.
Porém, descontando as gravações de difícil compreensão, ainda resta um terço de gravações muito claras que não deixam qualquer margem de dúvida. Qualquer pessoa poderia entender essas comunicações. Juergenson fez um teste pedindo que vários ouvintes tentassem entender muitas das gravações. Como resultado, oitenta por cento dos indivíduos conseguiram ouvir e entender as vozes.
Refutando as objeções da psicocinésia e do inconsciente
A transcomunicação instrumental não é o resultado da psicocinésia dos encarnados (habilidade de agir sobre a matéria sem contato físico) ou do subconsciente dos vivos:
Juergenson (1972, p. 112) afirma que, se seu subconsciente pudesse produzir as vozes dos mortos, ele seria o maior dos gênios. Com seu inconsciente ele poderia gerar uma estação de rádio com sons, músicas e discursos, imitando várias línguas. Além disso, também imitaria as vozes de homens, mulheres, crianças e idosos, inclusive de pessoas que ele nunca conheceu. E o mais incrível é que o inconsciente de Juergenson poderia pegar as ondas das transmissões de qualquer estação de rádio, interferir nelas e modificá-las para produzir outros programas. Seria um milagre que nem a mais poderosa emissora poderia realizar.
É preciso frisar que muitas das mensagens vêm em línguas que os experimentadores não conhecem ou não dominam e tratam de informações que precisam ser verificadas posteriormente.
Juergenson (1972, p. 113, 114) continua dizendo que os espíritos dos mortos, levando em conta nossa descrença, criaram um meio de comunicação diferente de qualquer transmissão de rádio. Para isto eles introduzem nas gravações palavras de diversas línguas, as quais não poderiam ter sido ditas pelos participantes do programa de rádio.
Em nenhuma estação radiofônica um cantor ou locutor usaria tantos idiomas misturados e ao mesmo tempo. Se os mortos falassem apenas as línguas dos ouvintes ficaria mais difícil provar que as vozes vêm de outro plano.
O fenômeno da gravação das vozes dos mortos em gravadores é produzido à vontade por pessoas que não são paranormais com grandes habilidades. Todos nós somos paranormais e realizamos pequenos fenômenos, mas como poderíamos produzir algo que nem os maiores médiuns conseguem realizar?
De acordo com Andrade (1993, p. 102-105), numa experiência de laboratório é uma enorme dificuldade para um brilhante dotado levitar um pequeno objeto, imagine então gravar vozes fisicamente numa fita magnética ou fazer com que um computador escreva sozinho. Se os maiores dotados não conseguem, como as pessoas comuns conseguiriam?
Para mais informações sobre a pesquisa de Friedrich Juergenson leia o artigo O Nascimento da Moderna Transcomunicação Instrumental, neste blog.
Os espíritos que se manifestam não são demônios
E como podemos ter certeza de que as almas desencarnadas que se manifestam são humanas ou que são as pessoas que se dizem ser?
Os estudos parapsicológicos oferecem todos os métodos para se testar as comunicações. Os principais são a linguagem, a reverência, a coerência do discurso, a sabedoria, o conteúdo das mensagens e as provas de identificação.
Esses testes funcionariam bem com encarnados do outro lado da linha do telefone ou em conversas pela Internet. Os espíritos enganadores não conseguem sustentar seu papel por muito tempo.
Além disso, alguns religiosos dizem que as comunicações mediúnicas pertencem aos demônios apenas porque elas contradizem dogmas muito acalentados.
Referências
Andrade, Hernani Guimarães. Morte-Renascimento-Evolução; São Paulo: Editora Pensamento, 1993.
Bozzano, Ernesto. A Crise da Morte; Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira, 1996.
Bozzano, Ernesto. Xenoglossia; Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1980.
Bozzano, Ernesto. Animismo ou Espiritismo? Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2007.
Delanne, Gabriel. A Alma é Imortal; Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1978.
Juergenson, Friedrich. Telefone para o Além; tradução de Else Kohlbach; Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1972.
Pires, José Herculano. Parapsicologia Hoje e Amanhã. São Paulo: EDICEL, 1982.
Juergenson (1972, p. 112) afirma que, se seu subconsciente pudesse produzir as vozes dos mortos, ele seria o maior dos gênios. Com seu inconsciente ele poderia gerar uma estação de rádio com sons, músicas e discursos, imitando várias línguas. Além disso, também imitaria as vozes de homens, mulheres, crianças e idosos, inclusive de pessoas que ele nunca conheceu. E o mais incrível é que o inconsciente de Juergenson poderia pegar as ondas das transmissões de qualquer estação de rádio, interferir nelas e modificá-las para produzir outros programas. Seria um milagre que nem a mais poderosa emissora poderia realizar.
É preciso frisar que muitas das mensagens vêm em línguas que os experimentadores não conhecem ou não dominam e tratam de informações que precisam ser verificadas posteriormente.
Juergenson (1972, p. 113, 114) continua dizendo que os espíritos dos mortos, levando em conta nossa descrença, criaram um meio de comunicação diferente de qualquer transmissão de rádio. Para isto eles introduzem nas gravações palavras de diversas línguas, as quais não poderiam ter sido ditas pelos participantes do programa de rádio.
Em nenhuma estação radiofônica um cantor ou locutor usaria tantos idiomas misturados e ao mesmo tempo. Se os mortos falassem apenas as línguas dos ouvintes ficaria mais difícil provar que as vozes vêm de outro plano.
O fenômeno da gravação das vozes dos mortos em gravadores é produzido à vontade por pessoas que não são paranormais com grandes habilidades. Todos nós somos paranormais e realizamos pequenos fenômenos, mas como poderíamos produzir algo que nem os maiores médiuns conseguem realizar?
De acordo com Andrade (1993, p. 102-105), numa experiência de laboratório é uma enorme dificuldade para um brilhante dotado levitar um pequeno objeto, imagine então gravar vozes fisicamente numa fita magnética ou fazer com que um computador escreva sozinho. Se os maiores dotados não conseguem, como as pessoas comuns conseguiriam?
Para mais informações sobre a pesquisa de Friedrich Juergenson leia o artigo O Nascimento da Moderna Transcomunicação Instrumental, neste blog.
Os espíritos que se manifestam não são demônios
E como podemos ter certeza de que as almas desencarnadas que se manifestam são humanas ou que são as pessoas que se dizem ser?
Os estudos parapsicológicos oferecem todos os métodos para se testar as comunicações. Os principais são a linguagem, a reverência, a coerência do discurso, a sabedoria, o conteúdo das mensagens e as provas de identificação.
Esses testes funcionariam bem com encarnados do outro lado da linha do telefone ou em conversas pela Internet. Os espíritos enganadores não conseguem sustentar seu papel por muito tempo.
Além disso, alguns religiosos dizem que as comunicações mediúnicas pertencem aos demônios apenas porque elas contradizem dogmas muito acalentados.
Referências
Andrade, Hernani Guimarães. Morte-Renascimento-Evolução; São Paulo: Editora Pensamento, 1993.
Bozzano, Ernesto. A Crise da Morte; Rio de Janeiro, Federação Espírita Brasileira, 1996.
Bozzano, Ernesto. Xenoglossia; Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1980.
Bozzano, Ernesto. Animismo ou Espiritismo? Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 2007.
Delanne, Gabriel. A Alma é Imortal; Rio de Janeiro: Federação Espírita Brasileira, 1978.
Juergenson, Friedrich. Telefone para o Além; tradução de Else Kohlbach; Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro, 1972.
Pires, José Herculano. Parapsicologia Hoje e Amanhã. São Paulo: EDICEL, 1982.