por Herley Leite de Paula e Silva
Introdução
No mundo quântico, os organismos e os objetos não estão definidos; tudo são ondas de possibilidades. Não há estrelas, planetas ou pessoas nessa realidade. Neste caso, as ondas tomam todas as direções e não existem sob a forma de partículas.
O Princípio Antrópico, juntamente com o princípio da incerteza, é um dos sustentáculos das teorias idealistas. Pois as infinitas possibilidades de universos existem num estado de superposição quântica.
A superposição quântica de universos possíveis
O Princípio Antrópico, juntamente com o princípio da incerteza, é um dos sustentáculos das teorias idealistas. Pois as infinitas possibilidades de universos existem num estado de superposição quântica.
A superposição quântica de universos possíveis
O universo, antes de uma mensuração quântica é um agrupamento de possibilidades de todo tipo de universos, com diversas leis, a maior parte deles sem potencial para abrigar a vida.
Segundo Goswami (2007, p. 171, 172), explicando a teoria do físico John A. Wheeler, um dos proponentes do Princípio Antrópico, haveria uma realidade fora do espaço e do tempo onde existiriam de forma virtual ou potencial todos os tipos de universos com diversas variações de leis e constantes físicas.
Ainda comentando o pensamento de Wheeler, Goswami (2009, p. 109, 110) diz que é a observação da consciência que escolhe um entre muitos universos potenciais para se tornar “real”, mantendo os outros na possibilidade.
O Princípio Antrópico
Segundo Goswami (2007, p. 171, 172), explicando a teoria do físico John A. Wheeler, um dos proponentes do Princípio Antrópico, haveria uma realidade fora do espaço e do tempo onde existiriam de forma virtual ou potencial todos os tipos de universos com diversas variações de leis e constantes físicas.
Ainda comentando o pensamento de Wheeler, Goswami (2009, p. 109, 110) diz que é a observação da consciência que escolhe um entre muitos universos potenciais para se tornar “real”, mantendo os outros na possibilidade.
O Princípio Antrópico
Segundo Hawking (2001, p. 86), o Princípio Antrópico constata que as leis e constantes físicas do nosso universo são minuciosamente adaptadas ao nosso surgimento como seres vivos e humanos.
Acredito que essa é uma das maiores provas de que a consciência e as possibilidades são a base do ser, pois o acaso não dá conta de explicar tantas coincidências.
A teoria dos universos paralelos
Acredito que essa é uma das maiores provas de que a consciência e as possibilidades são a base do ser, pois o acaso não dá conta de explicar tantas coincidências.
A teoria dos universos paralelos
Greene (2005, p. 242-245) comenta que alguns físicos, como Hugh Everett III, tentaram explicar o Princípio Antrópico postulando uma infinidade de universos paralelos, cada um com leis físicas diferentes.
Porém, Goswami (2007) diz:
De acordo com a interpretação idealista, as superposições coerentes existem em um domínio transcendente como arquétipos informes de matéria. Suponhamos que os universos paralelos da teoria de numerosos mundos não são materiais, mas arquetípicos em conteúdo. Suponhamos ainda que são universos da mente. Neste caso, em vez de dizer que cada observação projeta um ramo do universo material, poderíamos dizer que cada observação cria uma trilha causal no contexto de possibilidades, no domínio transcendente da realidade. Uma vez feita a opção, todas menos uma das trilhas são excluídas do mundo da manifestação. (Goswami, 2007, p. 170).
Assim, não é necessário haver infinitos mundos paralelos como tendo existência material, mas eles permaneceriam como possibilidades quânticas. Isto é claro não exclui a ideia de que há muitos outros universos paralelos físicos e espirituais.
Através do colapso quântico a consciência selecionou um tipo de universo finito no espaço e no tempo, com quatro dimensões grandes e com matéria e energia, nos valores corretos, onde as almas poderiam estar correlacionadas com organismos biológicos.
O universo, antes de ser selecionado, possuía uma sequência básica de quadros temporais e todas as potencialidades para a evolução dos espíritos, constituindo uma série de linhas virtuais que o nosso livre-arbítrio seleciona.
A manifestação retroativa do Universo
Porém, Goswami (2007) diz:
De acordo com a interpretação idealista, as superposições coerentes existem em um domínio transcendente como arquétipos informes de matéria. Suponhamos que os universos paralelos da teoria de numerosos mundos não são materiais, mas arquetípicos em conteúdo. Suponhamos ainda que são universos da mente. Neste caso, em vez de dizer que cada observação projeta um ramo do universo material, poderíamos dizer que cada observação cria uma trilha causal no contexto de possibilidades, no domínio transcendente da realidade. Uma vez feita a opção, todas menos uma das trilhas são excluídas do mundo da manifestação. (Goswami, 2007, p. 170).
Assim, não é necessário haver infinitos mundos paralelos como tendo existência material, mas eles permaneceriam como possibilidades quânticas. Isto é claro não exclui a ideia de que há muitos outros universos paralelos físicos e espirituais.
Através do colapso quântico a consciência selecionou um tipo de universo finito no espaço e no tempo, com quatro dimensões grandes e com matéria e energia, nos valores corretos, onde as almas poderiam estar correlacionadas com organismos biológicos.
O universo, antes de ser selecionado, possuía uma sequência básica de quadros temporais e todas as potencialidades para a evolução dos espíritos, constituindo uma série de linhas virtuais que o nosso livre-arbítrio seleciona.
A manifestação retroativa do Universo
Antes da observação feita pela consciência correlacionada com a primeira célula viva, o universo existia num reino de possibilidades, como diz Goswami:
Essa maneira de interpretar nossa história cosmológica pode, talvez, ajudar a explicar os aspectos enigmáticos da evolução da vida e da mente, isto é, que só há uma probabilidade muito remota de evolução da vida a partir de matéria pré-biótica, por meio de mutações benéficas que resultaram no aparecimento do homem. Uma vez que reconheçamos que a mutação biológica (que inclui a mutação de moléculas pré-bióticas) é um evento quântico, compreendemos que o universo bifurca-se em todos os eventos desse tipo no domínio transcendente, transformando-se em muitos ramos, até que em um deles há um ser senciente que pode olhar com consciência e completar uma medição quântica. Nesse ponto, a trilha causal que leva a esse ser senciente entra em colapso e se transforma em realidade espaço-tempo. John Wheeler chama a esse tipo de cenário de fechamento do circuito do significado, por meio de “participação do observador”. (Goswami, 2007, p. 171, 172).
Não há sentido em perguntar o que havia antes ou além do colapso das superposições quânticas porque nelas não existe o tempo e o espaço como nós os vemos.
Referências
Goswami, Amit. O Universo Autoconsciente: como a consciência cria o mundo material. Tradução Ruy Jungmann. – São Paulo: Aleph, 2007.
Goswami, Amit. Evolução Criativa das Espécies. Tradução: Marcello Borges. São Paulo: Aleph, 2009.
Greene, Brian. O Tecido do Cosmo; São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Hawking, Stephen. O Universo numa Casca de Noz; São Paulo: Mandarim, 2001.
Essa maneira de interpretar nossa história cosmológica pode, talvez, ajudar a explicar os aspectos enigmáticos da evolução da vida e da mente, isto é, que só há uma probabilidade muito remota de evolução da vida a partir de matéria pré-biótica, por meio de mutações benéficas que resultaram no aparecimento do homem. Uma vez que reconheçamos que a mutação biológica (que inclui a mutação de moléculas pré-bióticas) é um evento quântico, compreendemos que o universo bifurca-se em todos os eventos desse tipo no domínio transcendente, transformando-se em muitos ramos, até que em um deles há um ser senciente que pode olhar com consciência e completar uma medição quântica. Nesse ponto, a trilha causal que leva a esse ser senciente entra em colapso e se transforma em realidade espaço-tempo. John Wheeler chama a esse tipo de cenário de fechamento do circuito do significado, por meio de “participação do observador”. (Goswami, 2007, p. 171, 172).
Não há sentido em perguntar o que havia antes ou além do colapso das superposições quânticas porque nelas não existe o tempo e o espaço como nós os vemos.
Referências
Goswami, Amit. O Universo Autoconsciente: como a consciência cria o mundo material. Tradução Ruy Jungmann. – São Paulo: Aleph, 2007.
Goswami, Amit. Evolução Criativa das Espécies. Tradução: Marcello Borges. São Paulo: Aleph, 2009.
Greene, Brian. O Tecido do Cosmo; São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
Hawking, Stephen. O Universo numa Casca de Noz; São Paulo: Mandarim, 2001.